Adentrando um pouco no universo de atendimento atribuído à logística, há um modelo importantíssimo que associa o trabalho no campo ou a exploração de recursos, de forma planejada, ao comércio internacional, este que se chama as famosas commodities.
Ou seja, a Logística liga uma lavoura ou um campo de exploração mineral, utilizando dutos, esteiras, estradas, rios e ferrovias aos portos, e dali, ao mundo inteiro em operações repletas de desafios. Tudo isso tem total relação com o mercado de commodities e é justamente sobre isso que nós da Uppertruck iremos falar com você.
VOCÊ SABE OQUE SÃO COMMODITIES?
De forma resumida Commodity é uma palavra em inglês que significa “mercadoria”. No plural, as “commodities” são produtos básicos, em estado bruto ou com baixo grau de transformação, produzidos em larga escala e comercializados mundialmente de forma similar.
A soja hoje é o principal produto brasileiro, seguido do minério de ferro, petróleo, frango e açúcar. A China, os Estados Unidos, o Japão e a Alemanha são os maiores importadores das commodities brasileiras.
QUAIS OS TIPOS DE COMMODITIES?
Seria impossível para a imensa maioria das atividades comerciais sobreviver sem commodities. Assim, elas se dividem em:
– Agrícolas ou agropecuárias: soja, frango, açúcar, milho, boi gordo, trigo e café são exemplos;
– Minerais: minério de ferro, petróleo, ouro etc.;
– Financeiras: Dólar, Euro, Real, Libra e demais moedas;
– Ambientais: água, madeira e créditos de carbono (certificados emitidos sobre a redução da emissão de gases do efeito estufa) são exemplos.
Existem também outros tipos presentes no mercado, como as commodities de recursos energéticos (energia elétrica) e as químicas (ácido sulfúrico, sulfato de sódio).
A situação atual do mercado de commodities
Embora a balança comercial brasileira esteja superavitária (mais exportações que importações), inclusive com recorde de US$ 47,69 bilhões no ano de 2016, o volume total vem caindo seguidamente em meio aos recordes de produção de grãos, o que afeta diretamente os serviços logísticos pela escassez ou pelo excesso.
A explicação vem de um conjunto de quatro situações persistentes nos últimos cinco anos:
1- Com a recessão econômica brasileira, o país importa menos devido à queda da produção na indústria, que também sofre com flutuações no câmbio;
2- A China, o maior importador, desacelerou economicamente entre 2011 e 2012, mantendo-se assim nos anos seguintes e causando queda nos preços das commodities, influenciando os mercados futuros e as bolsas onde são negociadas;
3- A política brasileira de comércio exterior possui excessos burocráticos que são inimigos dos prazos contratuais e afetam fortemente a competitividade;
4- A logística é hoje o ponto mais sensível porque se os demais citados fossem contornados, o que há de se considerar, todas as condições para o fortalecimento das operações esbarrariam nas limitações causadas pela falta de infraestrutura de transporte e de armazenagem.
IMPORTÂNCIA DAS COMMODITIES
Diante desse quadro, é sempre válido ressaltar a importância das commodities brasileiras. Pode parecer parte da rotina de muitos empresários, mas é essencial compreender que esses produtos primários são essenciais e devem ser prioridade para qualquer governo.
Podemos lembrar nesse momento que, dados da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento ressaltam que as commodities representam aproximadamente 69% das exportações brasileiras.
Essa informação revela que deveria ser de extrema importância para o governo realizar melhorias, não só nas rodovias que fazem a ligação entre produtores e portos, mas também nas ferrovias que poderiam realizar esse deslocamento.
TRANSPORTADORA DIGITAL E AS COMMODITIES: PROPOSTAS DO ATUAL GOVERNO
Nomeado como Ministro da Infraestrutura do governo de Jair Bolsonaro, Tarcísio Gomes de Freitas já divulgou em seu discurso de posse algumas de suas principais medidas para o transporte de carga.
Segundo o político, as forças do governo devem se concentrar na união com o setor privado e nas concessões. Utilizando como argumento o sucesso das rodovias paulistas, Tarcísio quer entregar à iniciativa privada diversos outros trechos de vias pelo país.
CONHEÇA A OPERAÇÃO SAFRA
Além disso, o Ministro pretende, junto ao DNIT, estruturar a “Operação Safra”. Essa, seria uma força tarefa com o apoio do Exército brasileiro e da Polícia Rodoviária Federal. O propósito é realizar o tráfego das commodities do Mato Grosso em direção aos portos do Arco Norte.
Outra medida para auxiliar o local será a prorrogação antecipada de ferrovias que já estão concedidas, como o trecho que liga Água Boa, em Mato Grosso, até Campinorte, em Goiás. “Com essas ações, a participação do modus ferroviário na matriz de transporte deve dobrar até 2025”, garante Tarcísio.
E para isso, é essencial unir as forças do poder público com o setor privado, que deve ser o responsável por investimentos e pelo avanço das ferrovias e outros modais brasileiros. Assim será possível criar uma logística integrada e totalmente otimizada.
De fato, a logística de transportes no Brasil é complexa e requer muita atenção. Como um país continental, devemos dar atenção aos diferentes meios de locomoção e proporcionar as melhores faces de cada um, melhorando o tempo e possibilitando aumento dos lucros para os produtores e para as transportadoras.
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