Na última semana, notícias sobre reajustes no preço dos combustíveis fizeram o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) demitir o atual presidente da companhia Roberto Castello Branco —o que ainda não foi confirmado pelo conselho administrativo da empresa. Ontem (03) o mercado respondeu positivamente ao reajuste, mas, caso o governo adote novas medidas para interferir na política de preços da companhia, o humor pode mudar.
Leia também: O avanço da digitalização da logística em meio a pandemia
Reajuste no preço do diesel pode causar nova greve dos caminhoneiros
Após o aumento no valor diesel, a categoria dos caminhoneiros vem considerando uma nova paralisação. O objetivo da possível greve dos caminhoneiros é de induzir o governo a baratear o combustível. Nesta quarta-feira (29), o preço de venda do diesel teve alta média de R$ 0,25 por litro.
O presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), Plinio Dias, afirmou que a cogitação de greve será tratada na próxima reunião das lideranças das categorias. O encontro está previsto para acontecer no dia 16 de outubro, no Rio de Janeiro.
Ele revela que há diversos caminhoneiros que consideram a paralisação, “mas tudo vai depender desse encontro no Rio”. O presidente reforça que essa não é a intenção da entidade — mas, sim, dialogar para resolver a situação.
No entendimento de Plinio Dias, a resolução do impasse cabe ao governo nacional. Ele espera que a situação seja resolvida pelo presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna.
O líder caminhoneiro discorda do argumento de Bolsonaro, que responsabiliza os governadores pelo aumento do combustível. Neste caso, o presidente da República argumenta que o problema se passa pela cobrança do imposto estadual ICMS.
“É preciso incluir todo o setor de transporte como taxistas e motoristas de aplicativos”, afirma. Chorão alega que esses grupos também são impactados pelo valor do combustível.
Caminhoneiros sofrem com alta do combustível e motoristas autônomos são levados cogitar nova greve
O custo elevado dos transportes leva os caminhoneiros a pensar em mais manifestações e a cogitar uma greve, embora ela não deva ser declarada nos próximos dias. “As entidades estão debatendo para que tomemos uma providência. Já há uma reunião marcada para o dia 16 de outubro, no Rio de Janeiro e outra para Porto Alegre, dias depois. A divisão que existia das entidades está acabando, as lideranças estão se unindo em prol da categoria”, comenta José Roberto Stringasci, da Associação Nacional de Transportadores do Brasil.
Pingback: Caminhão elétrico: entenda porque o custo Brasil inviabiliza a compra deste veículo - Transporte, consolidação e otimização de cargas