Um futuro autônomo para as entregas pode estar mais próximo do que imaginamos. A automação pode acabar com 27 milhões de postos de trabalho em todo o país nas próximas duas décadas, e a profissão de caminhoneiro está entre as ameaçadas.
A profissão de caminhoneiro é uma das mais ameaçadas pela evolução da automação no mundo dos caminhões. Esse é um dos resultados do levantamento feito pelo laboratório do Futuro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). De acordo com o estudo, 27 milhões de trabalhadores podem ter suas tarefas assumidas por robôs ou sistemas de inteligência artificial até 2040. Cerca de 60% dos profissionais ameaçados têm carteira assinada, segundo o levantamento.
Caminhões autônomos: A chegada da I.A no mercado

A chegada da Inteligência Artificial na indústria de caminhões ocorreu junto com a de carros e começou a ganhar tração em 2016. Em setembro do ano retrasado, ao mesmo tempo em que a Uber lançava seus primeiros veículos autônomos, em Pittsburgh, a Tesla e a Mercedes apresentavam seus sistemas de condução driverless e cidades ao redor do mundo começaram a discutir com empresas do setor o tráfego de carros e caminhões autônomos em suas ruas.
Desde então, todas as grandes montadoras anunciaram passos relevantes no desenvolvimento de veículos majoritariamente ou inteiramente elétricos e mais investimentos foram feitos em veículos autônomos, com os caminhões assumindo a dianteira. O desenvolvimento acelerado da tecnologia de baterias, é um fator decisivo na viabilidade econômica dos veículos autônomos.
Como é possível um caminhão andar pelas ruas sem motoristas?

O caminhão autônomo usa tecnologias semelhantes a dos carros autônomos do Google para transitar sozinho. São instalados na parte superior do veículo dois radares de monitoramento em tempo real para controlar sua velocidade e podendo agir rapidamente sobre quaisquer adversidades na rodovia, controlando também seus freios.
O alcance da primeira câmera é de 250m e o alcance da segunda é de 70m. Existe ainda uma câmera instalada no parabrisa do caminhão com alcance de 100m, que detecta todos os veículos a frente e seus movimentos, como também os sinais de trânsito, placas e semáforos.
Ainda assim, o caminhão deve contar com um motorista para dirigir em centros urbanos e acompanhar o trajeto de dentro do veículo, mesmo que sentado no banco do passageiro.
E qual será o futuro das profissões?

A grande pergunta que todos fazem é: e como ficarão os caminhoneiros?
Hoje estima-se que há um déficit de cinquenta mil caminhoneiros qualificados para atual demanda de motoristas de carga. O mercado de transporte vem crescendo e com isso a falta de profissionais qualificados vai aumentando.
O caminhão autônomo não pretende acabar com a profissão do caminhoneiro, até que o caminhão não precise de nenhum motorista temos um longo caminho pela frente, por enquanto por mais que tenhamos um caminhão que se locomova sozinho, precisamos de um supervisor dentro dele para situações de emergências.
No futuro as profissões podem sofrer adaptações, mas dificilmente será totalmente substituída por robôs ou qualquer forma 100% automática.
Há estudos em contrapartida, que preveem que diminuirá perceptivelmente o número de acidentes nas estradas por caminhões e automóveis, uma vez que 94% dos acidentes em estradas ocorrem por erros humanos segundo NHTSA(Administração Nacional de Segurança de Tráfego nas Estradas).
Com certeza teremos muitas mudanças em nosso cotidiano com a chegada das novas tecnologias, cada dia que passa mais invenções são criadas e propostas para se encaixar em nossas vidas.
Devemos nos preparar para ver um futuro muito mais intuitivo e conectado na próxima década.
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