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Caminhoneiro assaltado em SP chora e abraça carreta recuperada na fronteira

Caminhoneiro foi mantido por dois dias em cárcere até veículo chegar ao Paraguai

Caminhoneiro foi mantido por dois dias em cárcere até veículo chegar ao Paraguai

Caminhoneiro que teve a sua carreta levada em assalto com refém em São Vicente, interior de São Paulo, foi recuperada em Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande, quando cruzava a fronteira com destino ao Paraguai.

Por dois dias, o proprietário foi mantido em cárcere privado pelos assaltantes até o veículo chegar à Linha Internacional. Ao reencontrar a carreta recuperada em Mato Grosso do Sul, ele não conteve as lágrimas e chorou quando abraçava o bitrem como se fosse uma pessoa querida.

A apreensão ocorreu quinta-feira (12), mas só hoje foi divulgada pelo 4º Batalhão da Polícia Militar em Ponta Porã, cidade gêmea de Pedro Juan Caballero, no Paraguai. A carreta foi entregue ao proprietário no domingo.

De acordo com a PM, esse tipo de crime tem se tornado frequente. A quadrilha sequestra o proprietário da carreta, contrata motorista através de anúncio na internet e altera a rota do percurso por várias vezes até chegar à fronteira.

Quando a carreta chega à Linha Internacional, membros da quadrilha de receptadores abordam o condutor e o levam até o Paraguai. No caso do veículo apreendido domingo, o condutor estava a 20 metros do outro lado da fronteira quando foi abordado pelos PMs.

Segundo a polícia, o proprietário da carreta foi dominado pelos assaltantes no início da semana passada em mantido em cárcere por dois dias. Na noite de quinta passada, os policiais abordaram a carreta em Ponta Porã e descobriram o roubo.

Contratado pela internet

O condutor disse aos PMs que é motorista autônomo e foi contratado por desconhecidos através de anúncio na internet para seguir até Três Lagoas, para pegar uma carga.

Em Três Lagoas, foi informado por outro homem que a carga estaria em Campo Grande. Na Capital, a história se repetiu e o destino foi mais uma vez alterado, dessa vez para Ponta Porã. Os bandidos informaram o motorista que outra carreta quebrou na fronteira e o bitrem seria usado para levar a carga.

Em Ponta Porã, o caminhoneiro foi abordado por homem desconhecido em uma moto com placa do Paraguai informando que o motorista deveria segui-lo até o local da carga.

Lágrimas 

A carreta estava na 1ª Delegacia de Polícia Civil. Como não conhece Ponta Porã, ele e sua família foram de carona na viatura da comandante do batalhão até o local. Ao se deparar com o veículo, o proprietário, identificado apenas como Paulo, não conteve as lágrimas.

Segundo a PM, ele correu em direção ao bitrem chorando e abraçou o veículo. Paulo contou aos policiais que o trabalho de toda sua vida estava ali. Ele tinha até vendido a casa para realizar o sonho de trabalhar em seu próprio veículo.

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