Ao menos 250 caminhões estão parados na fila na fronteira com a Bolívia; sindicato estima prejuízos de R$ 3 milhões neste período.
O bloqueio da fronteira do Brasil com a Bolívia, entre os municípios de Corumbá e Arroyo Concepción, chega ao 3º dia, nesta sexta-feira (10), e os caminhoneiros parados na rodovia já se mostram desesperados com a falta de comida e banheiro.
O protesto feito por bolivianos começou na quarta-feira para pressionar o Governo Federal a liberar mais recursos para a Saúde enfrentar a pandemia do coronavírus.
Similarmente, em imagens enviadas por motoristas, parados na estrada Bioceânica na cidade boliviana de Puerto Suárez, é possível ver uma fila quilométrica de caminhões. Segundo os relatos, são mais de 250.
Sendo assim, um motorista boliviano explica que a comida está chegando ao fim e lembra que todos estão sem acesso a banheiros. Outro declara que eles estão ficando “desesperados” com a situação. “Estou aqui desde terça-feira às 8h e até agora nenhum resultado”.
Informações sobre o motivo da fronteira fechada
Outrossim, o motivo – no último dia 8, manifestantes fecharam a estrada Bioceânica, em Puerto Suárez, na Bolívia, próximo a Corumbá em protesto por melhorias na Saúde para o enfrentamento da pandemia do coronavírus.
Em razão disto, caminhões, que antes tinham liberação para passar, começaram a formar fila na rodovia. Fronteira fechada até segunda ordem.
Em entrevista ao Diário Corumbaense, o presidente do Comitê Cívico de Puerto Suárez, Humberto Miglino Rau explicou que o protesto não tem cunho político a enfatizou que faltam equipamentos e itens médicos para os profissionais que atuam no país.
“Nós enviamos duas cartas ao presidente do país com as reivindicações e não fomos atendidos. Fizemos um bloqueio de 48h e não fomos atendidos”, declarou fazendo menção ao protesto realizado no mês passado.
Dentre as reivindicações estão a de melhorar a estrutura do Hospital San Juan de Dios que atende pacientes das cidades bolivianas mais próximas.
“Tínhamos no país vizinho, exatamente na cidade de Corumbá, o atendimento no hospital, agora com a pandemia isso foi suspenso e não temos para onde levar nossos doentes, não têm condições de atender ainda mais em caso de pandemia”, lamentou.
Por fim, segundo ele, o hospital referência mais próximo fica a 630 quilômetros de distância, em Santa Cruz de La Sierra. “Têm pessoas que não aguentam e infelizmente morrem na metade do caminho, nossos hospitais estão colapsados não temos como levar os doentes. Estamos ‘brigando’ pela vida”, finalizou.
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