ANTT aponta redução de 32% no transporte de produtos por rodovias em Minas. Motoristas enfrentam dificuldades até para se alimentar no ‘deserto rodoviário’
As vias por onde passam a produção agrícola do interior e as remessas industriais dos grandes centros se esvaziaram por conta da pandemia. Comércios fechados e estoques altos fazem caminhoneiros parar.
Os que se arriscam passam até uma semana esperando por fretes. Enfrentam rodovias sem postos, mecânicas, restaurantes ou borracharias. Uma vez que só o trânsito de bens essenciais não mantém a viabilidade desses negócios de beira de estrada.
Um terço das cargas normalmente escoadas pelas principais rodovias que cortam Minas deixou de ser transportada desde o início das medidas de quarentena contra a disseminação da COVID-19. É o que mostram apurações nas rodovias e os dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) obtidos com exclusividade pelo Estado de Minas.
De acordo com o levantamento, “a movimentação diária média de cargas caiu substancialmente, em 32%” desde o isolamento. Em medição de 23 de março a 10 de abril.
Vias vazias por conta da pandemia
As vias por onde passam a produção agrícola do interior e as remessas industriais dos grandes centros se esvaziaram. Comércios fechados e estoques altos fazem caminhoneiros parar. Os que se arriscam passam até uma semana esperando por fretes.
Enfrentam rodovias sem postos, mecânicas, restaurantes ou borracharias, uma vez que só o trânsito de bens essenciais não mantém a viabilidade desses negócios de beira de estrada. Um terço das cargas normalmente escoadas pelas principais rodovias que cortam Minas deixou de ser transportada desde o início das medidas de quarentena contra a disseminação da COVID-19.
É o que mostram apurações nas rodovias e os dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) obtidos com exclusividade pelo Estado de Minas. De acordo com o levantamento, “a movimentação diária média de cargas caiu substancialmente, em 32%” desde o isolamento, em medição de 23 de março a 10 de abril.
Prejuizo

Nas rodovias BR-262 e BR-381, a reportagem do EM ouviu dos caminhoneiros descrições de muitas dificuldades. O carreteiro paranaense Edson Vieira, de 24 anos, transporta laticínios de Ponta Grossa (PR) para a Grande BH e tem sentido uma redução contínua da oferta de serviços e também da disponibilidade de cargas.
“Puxamos leite, iogurte. É coisa que deveria sair todos os dias, você precisa comprar para o seu filho comer. Agora, estamos em quatro ou cinco caminhões e só liberam uma carga por dia por conta dessa pandemia ai, parece coisa de filme. Assim, acaba que um fica para trás, esperando outra carga ser liberada. Estou esperando desde segunda-feira (quatro dias) e só deve ser liberada para mim uma carga hoje (quinta-feira), mas até que carregue e possa levar, talvez só saia amanhã (sexta-feira). Já fiquei uma semana em Igaratinga, depois de Pará de Minas (Centro-Oeste de Minas), esperando cargas que não foram liberadas”, reclama.
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