Estudo encaminhado à EXAME com exclusividade mostra que os setores mais atingidos são de produtos manufaturados e construção civil
Empresas de logística, tecnologia e pagamentos tomam ações para aumentar a segurança dos caminhoneiros nas estradas para manter o Brasil funcionando em meio a pandemia do coronavírus no setor de transporte.
Outrossim, na primeira semana deste mês, a queda na demanda por frete chegou a 25%, em comparação com a primeira semana de março no setor de transporte. O transporte rodoviário de produtos manufaturados, como eletrodomésticos, caiu 38%. O setor de construção civil vem logo atrás, com uma redução de 34% nos pedidos de frete. O agronegócio aparece entre os segmentos menos afetados, com apenas 1,4% de redução no transporte.
Uma estrada cheia de obstáculos para o caminhoneiro
Similarmente, no início da quarentena, embora o setor de transporte tenha sido declarado serviço essencial, inicialmente os restaurantes à beira de estrada foram fechados. Além da alimentação, esses lugares providenciam banheiros e lugares para banho e descanso, o que tornou a vida dos caminhoneiros mais complicada. Mecânicas e borracharias também haviam sido fechadas.
Segundo um especialista, o ecossistema de logística reagiu rapidamente e alguns desses lugares foram reabertos. Os salões dos restaurantes continuam fechados, mas é possível pedir refeições para viagem.
“No início da quarentena ainda havia descoordenação e até desconhecimento entre autoridades, empresários e motoristas. Hoje, o trabalho é mais coordenado para dar suporte aos motoristas”, diz Garcia, da Arteris.
Desse modo, algumas empresas transformaram seus postos de pesagem – fechados por causa da limitação de contato entre as pessoas – em locais para banho, avaliações clínicas e estacionamento. A empresa alugou chuveiros e banheiros químicos e deslocou algumas ambulâncias para esses espaços para medir a temperatura dos motoristas e dar instruções de saúde.
A empresa montou uma plataforma em que indica quais postos, restaurantes e mecânicas estão abertas nas estradas que administra.
E como fica a saudê dos colaboradoresno setor de transporte?
A Repom, empresa de gestão de fretes, busca trazer mais informações sobre saúde aos motoristas. A companhia tem cerca de 15 centros chamados Clube da Estrada, onde normalmente os motoristas têm acesso a alimentação, wifi, banheiros e até cabeleireiros e médicos.
Com a quarentena, esses centros foram fechados. Para substituir esses locais, a companhia está oferecendo 3 mil consultas gratuitas de telemedicina para orientar sobre sintomas da covid-19.
A Arteris distribuiu cerca de 5 mil kits de higiene para os motoristas, além de ter instalado dispensers de álcool em gel nas cabines de pedágios. Para diminuir ainda mais o contato nos pedágios, firmou uma parceria com empresas de pagamento automático para distribuir tags gratuitamente, sem pagamento de mensalidade.
Já uma medida da Ontime foi instalar pias em todas as áreas operacionais da empresa. A cada duas horas, um alarme toca e todos os colaboradores devem se levantar para lavar as mãos. 80% dos funcionários estão em home office, mas quem continua trabalhando nos escritórios deve higienizar todo o ambiente antes da chegada da próxima equipe.
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