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Sem poder parar os caminhoneiros enfrentam uma rotina diferente

Sem poder parar os caminhoneiros enfrentam uma rotina diferente em época de pandemia. Seguir as medidas de isolamento social adotadas em todo o país fica difícil para quem precisa compartilhar banheiros públicos e restaurantes que ficam às margens das rodovias no período que se estendem por meses fora de casa.

Outrossim, preocupados com a renda da famílias, muitos caminhoneiros enfrentam a pandemia e continuam rodando o país. É uma segmento de profissionais que não tem como trabalhar em sistema home office. Com isso, além de levar o sustento para casa são responsáveis pelo transporte de produtos essenciais para todos os Estados brasileiros.

Grupo vulnerável

Os condutores de transporte de carga acabam sendo um grupo vulnerável. Em Mato Grosso do Sul, um dos 18 pacientes que morreram de Covid-19 era um caminhoneiro. Antoninho Muller, de 56 anos, morava em Dourados, mas morreu em Araguaína (TO). Ele teve complicações da doença longe da família e não resistiu e veio a óbito no dia 25 de abril.

Similarmente, na cidade de Guia Lopes da Laguna, que hoje tem a maior incidência da doença no Estado, foi o contato com um caminhoneiro que provocou a contaminação de funcionários de um frigorífico. Os trabalhadores expostos ao vírus acabaram transmitindo a doença para familiares e a situação tomou grande proporção no município.

E o receio toma conta de quem está diariamente pelas rododovias. Há mais de 30 anos na estrada, Paulo Sérgio Hoffe, esteve de passagem em Campo Grande nesta semana e relata que toma alguns cuidados para evitar o contágio do vírus.

“ Vim do Estado do Paraná e daqui sigo para Mato Grosso. Vou ficar 60 dias na fazenda para fazer o carregamento de soja. Dentro do meu caminhão tema álcool em gel, dessa forma, estou usando máscara e tento evitar o possível para não ficar em aglomeração”, afirma o caminhoneiro.

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1 comentário em “Sem poder parar os caminhoneiros enfrentam uma rotina diferente”

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