Cabine do caminhão de caminhoneiros não pode ser considerado espaço para carga
Projeto quer alterar dimensões após de tantas paralisações dos caminhoneiros, a sociedade passou a entender a importância desta categoria para o desenvolvimento do país. Ao mesmo tempo, também conheceu as condições precárias em que vivem esses brasileiros.
Outrossim, a maioria das pessoas esquecem que os caminhoneiros passam boa parte da sua vida na boléia do caminhão. Quando param para descansar, sua casa é a minúscula cabine. Embora alguns modelos ofereçam condições mais decentes, ainda estão longe do espaço mínimo obrigatório por lei nos EUA desde 1953.
Fadiga por excesso de jornada e condições precárias de sono
A fadiga é responsável por 20% dos acidentes nas rodovias e 30% das mortes. Quando o condutor cochila no volante ele não reage. Sai da pista, capota, colide na velocidade em que estiver. Logo a gravidade do acidente é maior e muitos acidentes com caminhoneiros ocorrem por cansaço. Dormem ao volante.
Acidentes com caminhões provocam muitas mortes
Em 2019 foram pagas pelo DPVAT , 4.591 indenizações morte em acidentes envolvendo caminhões e 6.347 por invalidez permanente. Num estudo que realizamos com 363 acidentes envolvendo um caminhão e um automóvel, morreram 17 ocupantes de caminhão e 605 nos automóveis. Portanto, melhorar as condições de sono dos caminhoneiros interessa a toda sociedade.
Por isso, estamos finalizando um Projeto de Lei que será apresentado no Congresso cujo foco é estabelecer um tamanho mínimo da cabine dos caminhões.
Nos EUA há quase 70 anos existe regulamentação que prevê espaço mínimo. Aqui a legislação considera o tamanho do conjunto, cavalo mecânico e carreta.Consequentemente, quanto maior a cabine, menor o espaço para a carga.
Projeto quer alterar dimensões e queremos desvincular o chamado cavalo mecânico, onde está a cabine, da carreta. Lugar para carga é uma coisa, o local onde o caminhoneiro dirige e dorme tem que oferecer condições mínimas de espaço, conforto e segurança.
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